sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
De quatro
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
Casual.
A luz que bate no seu rosto é a mesma luz que me acorda, e eu vejo as frases da última noite espalhadas pelo chão, misturadas com as suas roupas e com a minha auto estima. Ai! se o meu Deus souber que eu não posso mais entrar de branco na igreja! Ai! se você for contar vantagem para os seus amigos no bar! Pobre das gargalhadas, que foram substituídas por um silêncio constrangedor. Você diz que tem que estudar e eu digo que tenho que ir embora, os dois mentem para não sentir dor. Qualquer um vai concordar comigo se eu disser que não é justo que eu me apaixone por um menino que devia ser um homem. Qualquer um vai concordar com você se você disser que coisa de uma noite apenas não se repete. E se a nossa pseudo Convivência ruir para sempre no momento em que eu sair por aquela porta, eu jamais voltarei a te procurar. Nem comentarei com ninguém o seu suposto crime, afinal fui eu quem escolhi acreditar nas suas palavras distorcidas. Se eu ficar com algum trauma, nada que uma terapia não resolva. E, se você ficar sozinho alguma noite, a lembrança estará com você. Então eu recolho o meu pseudo amor e jogo na minha bolsa, viro nos meus saltos e vou para bem longe. Nós dois sabemos que nada disso deveria ter acontecido mas, se eu pudesse voltar no tempo, eu não mudaria nada.
Teclado e teclador.
Seios falsos. Artificialmente aromatizado. Second Life. Será que, nos dias de hoje, uma amizade virtual pode ser verdadeira? Quem me garante que a pessoa me respondendo no MSN é mesmo quem diz quem é? E, não é engraçado que você só tenha se encontrado pessoalmente três vezes com uma das pessoas com quem você mais se abre? Se você quer saber, eu acredito em amizade virtual sim. Acredito no compartilhamento de segredos via MSN e na análise insistente de situações hipotéticas. Acredito em entrar de madrugada por causa do fuso horário e acredito no companherismo e na confiança, que são bem reais. É claro que nao dá pra dar um abraço apertado ou um puxão de orelha pela webcam, mas, a verdade, é que é uma delícia ligar o computador na esperança de que ele vai estar online. E não é que, agora em que eu estou quase do outro lado do mundo, uma das minhas maiores saudades é do meu companheiro de MSN?!
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
A Valsinha do meu jeito (o jeito que não deveria ser)
Mais um dia em que ele não chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar
E nem pensou em olha-la de um jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar
Continuou a maldizer a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falar
E deixou-a só num canto, pra seu justificar seu pranto, levou outras pra rodar
É claro que ela não se fez bonita, ela não tinha o que mostrar
Seu vestido decotado, cheirando a guardado, continuava a esperar
Depois ela, sem encontrar seus braços, sofreu como há muito tempo não se ouvia falar
Seu sorriso de ternura e graça, no meio da praça, começou a desabrochar
E ali se comportou tão mal que a vizinhança toda despertou
E mesmo com tanta infelicidade, toda cidade se iluminou
E entre tantos beijos loucos, seus suspiros roucos não se ouviam mais
Que o mundo a esqueçeu
E o dia amanheceu
Em paz